Tenho um filho lindo que completará 12 meses em breve, exatamente o mesmo número de meses que não falo. E não é porque não quero, é porque não consigo.
Começo a falar e sou interrompida, começo a pensar e não termino o raciocínio. Sei que muitas mulheres passam pelo mesmo e é uma sensação angustiante essa de não conseguir terminar uma frase. Por falar nisso, no meio desta última tive que parar porque um choro me chamava.
Como futura comunicóloga, sempre penso na comunicação como um todo: no texto, na imagem, na contextualização. Como publicitária, imaginei mil formas de utilizar esse espaço da melhor forma possível. Como mãe, não tive tempo de planejar a prioridade da comunicóloga ou o ideal da publicitária. A urgência de simplesmente FALAR, nem que fosse apenas para um espaço em branco, era imensa... e ainda é!
Quando pequena, minha aula favorita não era português, mas "Criatividade". Não sei de onde tiraram essa disciplina, mas era ela que propunha a criação de redações. Nem mesmo na adolescência parei de escrever e meus pais sempre elogiaram meus textos. Antes de começar a faculdade, me incentivaram até mesmo a estudar Jornalismo, mesmo Publicidade também sendo Comunicação Social.
Aos 22 anos, percebi que ainda preciso me comunicar, ainda preciso "desabafar". Sinto sede de expressão e quero usar cada vírgula que tenho direito! Percebo que meu maior desejo hoje é concluir um raciocínio com sabedoria.
Espero que com meu retorno à escrita isso possa se realizar. Que este seja um espaço sagrado onde posso terminar toda e qualquer frase que eu puder falar com um ponto final, não mais com reticências.
Ponto final.
Verônica Ponce
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