Olá, papais e mamães!
Hoje decidimos escrever sobre um dos muitos companheiros que os nossos pequeninos possuem. Podem ser grandes ou pequenos, ter controle remoto e rodinhas ou até mesmo cantar e dançar. Depois dessas dicas ficou mais fácil adivinhar o tema de hoje? Isso mesmo, hoje é o dia do brinquedo!
O brinquedo faz parte do universo tanto das crianças quanto dos pais, afinal, geralmente somos nós que escolhemos qual brinquedo comprar baseado no que acreditamos ser o melhor para os nossos filhos. Sejam brinquedos educativos ou não, todos eles têm o propósito de ensinar ou transmitir uma mensagem para a criança e é por isso que devemos tomar cuidado, pois podemos não perceber e/ou concordar com essa mensagem.
Normalmente os brinquedos são divididos de duas formas:
1. De acordo com a faixa etária da criança, o que é completamente compreensível, até porque alguns brinquedos possuem partes pequenas que podem ser engolidas ou colocadas no nariz. Esse primeiro “filtro” não nos incomodou, até porque devemos respeitar os limites da criança para não projetarmos uma falsa expectativa em cima dela. Quando falamos em falsa expectativa, nos referimos ao fato que a criança pode não saber brincar com um brinquedo pelo fato da idade não ser adequada ou até mesmo por ela não ter a habilidade específica que o brinquedo necessita. Temos que lembrar sempre que as crianças se desenvolvem em velocidades diferentes e é besteira se frustar porque seu filho não sabe usar tal brinquedo.
2. De acordo com o gênero da criança, e aqui nascem as famosas frases que nós escutávamos quando éramos pequenos: “Futebol não é esporte de menina” ou “Menino que brinca de boneca é mulherzinha”.
Aposto que você já se encontrou na seguinte cena: você entra na loja de brinquedos e se depara com uma ala azul/preta e outra ala rosa, separando “brinquedos de menino” e “brinquedos de menina”. Mas pera lá, se nós vivemos em uma sociedade que prega a igualdade entre homens e mulheres, por que com as crianças seria diferente? É bem aqui que nós vamos encontrar uma das raízes do problema de gênero.
Os brinquedos fazem parte da educação que queremos transmitir para os nossos pequenos, porque eles serão os objetos que vão ajudar a criar não só o seu mundo imaginário, mas também a maneira de enxergar o mundo em que vivemos.
Ficou confuso? A gente explica!
Quando proibimos uma criança de brincar com um certo brinquedo e dizemos que esse brinquedo não é para “menino” ou “menina”, a criança absorve esse informação como verdade absoluta.
Uma tentativa de mudar esse cenário foi o de “adaptar” os brinquedos considerados masculinos para o universo das meninas, como bolas ou carrinhos, que ganharam as cores rosa e lilás, ou as estampas de super-heróis ou monstros, que foram substituídas por princesas ou criaturinhas fofas. Por mais bacana que seja essa atitude, ela não ensina as crianças que não existe brinquedos só para meninos ou só para meninas. Em outras palavras, é tapar o sol com a peneira.
Então como ensinar as crianças que não existe brinquedos de menino ou de menina?
Explique para a criança que ela pode brincar com o que ela quiser. Se o que importa é brincar e ser feliz, não tem diferença se é uma espada ou uma cozinha. Quem disse que meninos não podem brincar com bonecas e meninas não podem empurrar carrinhos?E o que fazer quando ensinamos que nossos filhos podem brincar de qualquer coisa, mas um certo dia ele chega em casa e diz que um amiguinho ou algum parente falou que ele não pode? É muito comum isso acontecer. Como lidar?
Nesse momento é importante que os pais possam ensinar o respeito ao próximo. O amiguinho tem pais diferentes que educam de uma maneira diferente e não tem nada de errado nisso, basta ensinar que devemos respeitar as opiniões diferentes das nossas e assegurar ao nosso filho que ele PODE brincar com o que quiser, pois isso não mudará quem ele é.Se você não tinha pensando nisso antes e está refletindo sobre o assunto agora, nossa missão foi concluída! Muitas vezes nós reproduzimos comportamentos sem perceber, por isso devemos sempre questionar o que fazemos e, principalmente, questionar se o que estamos passando aos nossos filhos é o que deveria ser ensinado.
Por fim, essa é mensagem que gostaríamos de passar para os papais e mamães:
Crianças são como telas em branco. Elas nascem puras e absorvem tudo que é passado. Pense antes de falar que ela não pode fazer algo ou menosprezá-la por você acreditar que algo é errado. Quando fazemos isso, incentivamos o preconceito. Um brinquedo é apenas um brinquedo e ele não definirá a sexualidade da criança, muito menos seu caráter. Ensinem eles a serem felizes da maneira que eles escolheram.Com muito amor e carinho,
Verônica e Vitor
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