Objeto de Transição


Olá, papais e mamães!

Hoje escolhemos contar para vocês sobre algo muito importante na formação dos nossos pequeninos: o objeto de transição. Talvez você esteja se perguntando o que seria esse objeto ou como adquirí-lo, mas podem ficar tranquilos, porque quem escolhe esse objeto é o bebê e ele pode ser de qualquer tipo, desde um ursinho de pelúcia até um utensílio doméstico.

Durante os três primeiros meses de vida, o bebê acredita que ele e a mãe são a mesma pessoa justamente porque nessa fase da sua vida ele consegue suprir todas as suas necessidades com o suporte da mamãe. A partir do seu quarto mês, a sua curiosidade e vontade de explorar o mundo a sua volta crescem e, consequentemente, é normal que o bebê tenha um pouco de medo ou fique receoso ao fazer isso sozinho. Esse medo ou receio é completamente normal e compreensível, até porque se nós, que já somos adultos, muitas vezes temos medo de tentar algo novo, imagine um bebê que ainda está descobrindo que mundo novo é esse que ele habita.

Para ajudar o bebê a desenvolver a sua independência, ele vai criar o que pediatra e psicanalista Donald Woods Winicott definiu como “Objeto de Transição”. Esse objeto pode ser qualquer coisa em volta do bebê: um brinquedo, um talher, um sapato (que acreditamos ser o caso do Lorenzo) ou até mesmo uma parte do corpo. Essa relação de afeto pelo objeto de transição nasce porque a mãe não está mais 100% presente na vida do bebê, então ele vai criar um vínculo com esse objeto que traz uma sensação de segurança parecida com a que tinha quando estava com a mãe.Olha só! Até agora eu falei sobre objeto de transição no singular, mas isso varia de criança para criança, podendo haver mais de um objeto, então não se preocupe em tentar adivinhar qual é objeto escolhido se ele anda pra lá e pra cá com mais de um.

Nem toda criança tem um objeto de transição, pois essa escolha é inteiramente da criança. Então se ela mesma não sente necessidade de um objeto para explorar, brincar ou dormir, não ache que há algo de estranho com seu filho, ok?Ter um objeto de transição é tão normal quanto não ter.


Aqui vão algumas dicas sobre o objeto de transição: 


1. Como estamos falando de um objeto que acompanha a criança para cima e para baixo, lembre-se de lavar bastante para que não se acumule sujeira e outros microrganismos que podem ser prejudiciais a saúde. Também fique de olho para que objeto não se perca, evitando o sofrimento do pequeno, que parece ter perdido seu melhor amigo.

2. A maior dica que eu posso te dar é que nunca deve-se esconder ou retirar a força o objeto de transição. Fazendo isso, você está quebrando a confiança que a criança tem por você, além de afetar sua auto estima.

3. Quando a criança sente que já está madura o suficiente para explorar o mundo sozinha, ela irá deixar o seu objeto de transição de forma natural e no seu próprio ritmo. Isso quer dizer que esse “abandono” pode acontecer aos pouquinhos ou de uma vez só, depende única e exclusivamente da criança. Se por algum acaso esse objeto se perder, é importante conversar com o bebê e tentar acalmá-lo.

Se possível, tente substituir por um igual ou semelhante, pode ser que funcione e isso reforça o laço de confiança que os pais ou cuidadores constroem com a criança.

Nossos pequenos são mais criativos e fascinantes do que nós podemos esperar, não é verdade?  O objeto do Lorenzo é sua papete (sapato) quase inseparável. Acreditamos que ele tenha se apegado a ela quando começou a ir para a escola. Caso vocês tenham reconhecido o objeto de transição do seu filho(a), não deixe de comentar aqui no blog! :)

Um abração a todos,

Vitor Hugo Massoni
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Escrito por Unknown

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