Chega um momento na vida de cada um de nós que faremos as nossas coisas por conta própria e tomaremos as nossas decisões. Assim é quando um filho chega na adolescência. Eles começam a descobrir a consequência das suas ações e precisam definir que tipo de pessoas serão, para onde irão e quem vão escolher para seguirem firmes e fortes na luta, ou seja, quem serão seus amigos.
Se chegou esta hora na sua casa e você é sozinha (não tem um companheiro para te ajudar), não se aflija. Estamos juntas nessa. É normal que sinta medo, que sinta insegurança, mas tenha calma, pois a decisão certa será tomada nesta hora e ter alguém ao nosso lado como marido não é nenhuma garantia de que neste momento teríamos apoio, ou falaríamos a mesma língua. O meu ex-marido, por exemplo, teve uma criação muito diferente da minha. Foi criado apanhando principalmente na adolescência e provavelmente por sua formação psicológica teríamos problemas agora, pois por mais vontade que possa me dar às vezes (afinal, sou humana), acredito que bater não resolve, só piora a situação (que já não é fácil). Meus pais me criaram na base do diálogo e hoje eu tenho certeza que esta é a melhor forma.
Não é fácil ser sozinho. Não digo que é, mas o monstro às vezes nem é tão grande, somos nós quem o aumentamos com tanto desespero. A adolescência do seu bebê chegou? Ele está começando a fazer coisas, falar coisas e ter atitudes que você jamais esperou? Acredite, é uma fase e vai passar. O melhor que você tem a fazer agora é agir com a sua sabedoria, por mais difícil que seja, e conversar muito com esta pessoa que está tornando-se adulta e ajudá-lo a encontrar os melhores caminhos, aquele caminho que com todas as dificuldades e conflitos você encontrou. Não podemos esquecer que assim como os nossos filhos, também já fomos crianças, também passamos pelos conflitos da adolescência, mas sobrevivemos e crescemos.
Quanto a você passar por isso sozinha... Você não está só, pois o seu filho está com você e juntos vocês conseguirão passar por isso dialogando. Seja neste momento a pessoa que seu filho mais poderá confiar, não a amiguinha da escola, mas alguém que ele possa enfim contar seus anseios, alguém que ele saiba que em suas horas de conflito vai poder aconselhá-lo e norteá-lo e não esqueça: Você é a pessoa experiente e não um adolescente mimado que ficará brigando de igual pra igual com o seu filho.
A minha hora de ter um filho adolescente chegou. Eu não tenho marido, nem sei como seria e se seria como eu vi os meus pais serem para mim, porém eu serei as duas coisas: a mãe e o pai. E creio que no fim o meu filho será um bom homem, integro, honesto e bom pai para os seus filhos futuramente com base nos princípios que eu solteira (porque isso não influencia, só influencia se eu determinar que sim - e eu determino o contrário) pude oferecê-lo.
Regiane Ree
Photo Credit: bdira3 via Compfight cc
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