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Ser pai não é só brincadeira! |
Papai, tire a palavra “ajudar” do seu vocabulário!
Pensei várias vezes sobre o que escrever no blog e como o bom escritor que não sou, resolvi começar pelo início. Sempre tive vontade de ser pai. Mais do que isso: ser um pai presente e participativo, na esperança de que um dia, quando eu estivesse chegando na a minha velhice, pudesse me orgulhar da minhas decisões e também ver meus filhos orgulhosos tanto do pai que tiveram quanto deles mesmos graças ao que pude ensinar durante as nossas vidas.
Como toda teoria que se apresenta “perfeita”, eu permaneci com este pensamento por muito tempo. Em julho de 2013 (quando eu acabava de completar 21 anos) recebi pela primeira vez a notícia que seria pai. Me lembro do enorme susto que levei, mas tentei o máximo possível não demonstrar para a Verônica. Naquela época eu acreditava que qualquer incerteza ou “fraqueza” deveria ficar dentro de mim e que era minha responsabilidade exclusiva lidar com esse tipo de sentimento.
Hoje acredito que esse tipo de demonstração de “força” ou “solidez” não se faz necessária para um momento feliz como a gravidez. Nos é passado um estereótipo vencido em que o homem deve se comportar como uma rocha em meio a tempestade. Vivemos em uma sociedade que se diz liberal na teoria, mas é extremamente preconceituosa na prática, por tal motivo deixo aqui minha primeira dica para aqueles que descobriram que serão pais: Ajam da maneira que quiserem (desde que não prejudique a mãe do bebê, claro!), afinal de contas nunca ouvi falar num protocolo ou guia rápido para reagir nesse tipo de situação.
Durante a gravidez muitas vezes eu me considerava participativo, companheiro e, na quase nula contribuição financeira que fazia, provedor. Foi logo no começo que a minha prática não condizia com a minha teoria. Mesmo assim, por muito tempo eu acreditei que “ajudar” (palavra proibida hoje entre minha mulher e eu) era suficiente. Fosse escolhendo uma toalha, acompanhando uma ultrassonografia ou pagar algo (por menor que fosse o valor), eu me considerava um ótimo pai. Talvez na cabeça de alguns homens que tiveram um pai ausente, qualquer afeto ou presença já se torna o suficiente, o que definitivamente não é e eu demorei certo tempo para entender isso.
Infelizmente, vejo que não sou o único homem com este defeito (sim, eu ainda erro bastante neste quesito, mas aprendo todo dia). Se pararmos para procurar o número de mulheres que até hoje criam seus filhos sozinhas, casadas ou não, com certeza vamos nos espantar. Se tem algo que demorei a aprender é que o papel do pai não é “ajudar” ou “prover”, mas sim estar presente em todos os momentos possíveis e participar ativamente, pois tenho como meta olhar o Lorenzo no futuro e poder me orgulhar tanto dele quanto do seu pai.
Assim termino meu post de hoje que, por mais simples que pareça, me custou a sair. Por fim, gostaria que cada pai que está lendo este texto olhe para si mesmo e se pergunte: Eu ajudo a criar meu filho ou participo na criação dele efetivamente?
De um papai para outros,
Vitor Hugo.
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